Mateus
6.16-18
Definição:
O jejum é a abstinência total ou
parcial de alimentos por um período definido e propósito específico. Numa
linguagem espiritual, jejum é a demonstração que entendemos que estar com Deus
é melhor que o ato de comer!
Não há nenhuma ordem na Bíblia para
que venhamos a Jejuar. Há apenas um jejum instituído em Lv 23.27: Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação;
tereis santa convocação e afligireis
a vossa alma; trareis oferta queimada ao SENHOR.
O Dia da Expiação (Lv. 23.27), ficou conhecido como "o dia do jejum" (Jr. 36.6)
e ao qual Paulo se referiu como "o jejum" (At 27.9).
Os Propósitos:
Qual a importância do Jejum?
Alguns acham que o jejum é uma
“varinha de condão” que resolve as coisas por si mesmo, mas não podemos ter o
enfoque errado. Quando jejuamos, não devemos crer “no JEJUM”, e sim em Deus que,
assim como age por meio da
oração, também pode agir mediante nosso desprendimento demonstrado no ato de
jejuar.
Assim, jejuar serve para demonstrar
DEPENDÊNCIA de Deus.
Sl
63:1-3 “Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu
te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como
terra árida, exausta, sem água. 2
Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória. 3 Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam.”
No Antigo Testamento encontramos
diferentes propósitos para o jejum:
Consagração – O voto do nazireado envolvia a abstinência/jejum de determinados tipos de alimentos (Nm. 6.3,4).
Arrependimento de pecados – Samuel
e o povo jejuando em Mispa, como sinal de arrependimento de seus pecados (1Sm. 7.6, Ne. 9.11).
Luto – Davi jejua em expressão de dor
pela morte de Saul e Jônatas, e depois pela morte de Abner. (2Sm. 1.12 e 3.35).
Aflições – Davi jejua em favor da criança
que nascera de Bate-Seba, que estava doente, à morte (2Sm. 12.16-23); Josafá apregoou um
jejum em todo Judá quando estava sob o risco de ser vencido pelos moabitas e
amonitas (2Cr.
20.3).
Buscando proteção – Esdras proclamou jejum junto ao
rio Ava, pedindo a proteção e bênção de Deus sobre sua viagem (Ed. 8.21-23: “Então proclamei um jejum ali junto ao rio
Ava, para nos humilharmos diante do nosso Deus, a fim de lhe pedirmos caminho
seguro para nós, para nossos pequeninos, e para toda a nossa fazenda.”);
Ester pede que seu povo jejue por ela, para proteção no seu encontro com o rei
(Et 4.16).
Em situações de enfermidade – Davi jejuava e orava por outros
que estavam enfermos (Sl 35.13).
Intercessão – Daniel
orando por Jerusalém e seu povo (Dn 9.3, 10.2,3)
No Novo Testamento:
Adoração ao Senhor – Ana não saía do templo, orando e jejuando freqüentemente (Lc. 2.37).
Preparar-se para o ministério – Jesus só começou seu ministério
depois de ter enfrentado o tentador e se preparado em jejum (prolongado) no
deserto (Lc.
4.1,2).
Em Atos dos Apóstolos vemos a Igreja praticando o jejum em diversas
situações, tais como:
·
Ministrar ao Senhor – Os líderes da igreja em Antioquia
jejuando apenas para adorar ao Senhor (At.13:2).
·
Enviar ministérios – Na hora de impor as mãos e enviar
ministérios comissionados (At. 13.3).
·
Estabelecer presbíteros – Além de impor as mãos com jejum
sobre os enviados, o faziam também sobre os que recebiam autoridade de governo
na igreja local, o que revela que o jejum era um princípio praticado nas
ordenações de ministros (At. 14.23).
Nas Epístolas só encontramos menções de Paulo ter jejuado (2Co. 6.3-5;
11.23-27) e não há orientações ou exortações acerca dessa prática.
Observação Importante:
Os discípulos de Jesus, enquanto na
companhia Dele aqui na terra, não jejuavam. Veja: Mt 9.14-15; Mc 2.18-20; Lc 5.33-35
A Duração:
Quanto tempo deve durar um jejum? A
Bíblia não determina regras deste gênero, portanto cada um é livre para
escolher quando, como e quanto jejua. Vemos vários exemplos de
jejuns de duração diferente nas Escrituras:
1 dia – O jejum do Dia da Expiação.
3 dias – O jejum de Ester (Et. 4.16)
e o de Paulo (At. 9.9).
7 dias – Jejum por luto pela morte
de Saul (1Sm. 31.13).
14 dias – Jejum involuntário de
Paulo e os que com ele estavam no navio (At 27.33).
21 dias – O jejum de Daniel em favor de Jerusalém (Dn. 10.3).
40 dias – O jejum do Senhor Jesus no
deserto (Lc. 4.1,2).
Conclusões:
Ø
Não
deve ser usado como sinal “visível” de piedade
Ø
Não
deve ser usado como demonstração de experiência com o sofrimento (tristeza)
Ø
Indica
a busca de uma recompensa que não pode vir dos homens
Ø
Não
deve se tornar uma prática corriqueira na vida do crente, mas algo especial e
sacrificial para algumas ocasiões
Ø Em suma, o valor do Jejum está na
sua intenção – Mt 6.16-18
muito ótimo este estudo, com certeza enriquece a nossa alma...
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