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quinta-feira, 29 de março de 2012

Estudo Sobre Jejum


O Jejum nas Escrituras        Pr. João Rodrigo  -

Mateus 6.16-18

Definição:

O jejum é a abstinência total ou parcial de alimentos por um período definido e propósito específico. Numa linguagem espiritual, jejum é a demonstração que entendemos que estar com Deus é melhor que o ato de comer!

Não há nenhuma ordem na Bíblia para que venhamos a Jejuar. Há apenas um jejum instituído em Lv 23.27: Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma; trareis oferta queimada ao SENHOR.

O Dia da Expiação (Lv. 23.27), ficou conhecido como "o dia do jejum" (Jr. 36.6) e ao qual Paulo se referiu como "o jejum" (At 27.9).

Os Propósitos:

Qual a importância do Jejum?
Alguns acham que o jejum é uma “varinha de condão” que resolve as coisas por si mesmo, mas não podemos ter o enfoque errado. Quando jejuamos, não devemos crer “no JEJUM”, e sim em Deus que, assim como age por meio da oração, também pode agir mediante nosso desprendimento demonstrado no ato de jejuar.

Assim, jejuar serve para demonstrar DEPENDÊNCIA de Deus.

Sl 63:1-3 Ó Deus, tu és o meu Deus forte; eu te busco ansiosamente; a minha alma tem sede de ti; meu corpo te almeja, como terra árida, exausta, sem água.  2 Assim, eu te contemplo no santuário, para ver a tua força e a tua glória.  3 Porque a tua graça é melhor do que a vida; os meus lábios te louvam.”

No Antigo Testamento encontramos diferentes propósitos para o jejum:

          Consagração – O voto do nazireado envolvia a abstinência/jejum de determinados tipos de alimentos (Nm. 6.3,4).

Arrependimento de pecados – Samuel e o povo jejuando em Mispa, como sinal de arrependimento de seus pecados (1Sm. 7.6, Ne. 9.11).

Luto – Davi jejua em expressão de dor pela morte de Saul e Jônatas, e depois pela morte de Abner. (2Sm. 1.12 e 3.35).

Aflições – Davi jejua em favor da criança que nascera de Bate-Seba, que estava doente, à morte (2Sm. 12.16-23); Josafá apregoou um jejum em todo Judá quando estava sob o risco de ser vencido pelos moabitas e amonitas (2Cr. 20.3).

Buscando proteção – Esdras proclamou jejum junto ao rio Ava, pedindo a proteção e bênção de Deus sobre sua viagem (Ed. 8.21-23: Então proclamei um jejum ali junto ao rio Ava, para nos humilharmos diante do nosso Deus, a fim de lhe pedirmos caminho seguro para nós, para nossos pequeninos, e para toda a nossa fazenda.”); Ester pede que seu povo jejue por ela, para proteção no seu encontro com o rei (Et 4.16).
Em situações de enfermidade – Davi jejuava e orava por outros que estavam enfermos (Sl 35.13).

Intercessão – Daniel orando por Jerusalém e seu povo (Dn 9.3, 10.2,3)

No Novo Testamento:

Adoração ao Senhor – Ana não saía do templo, orando e jejuando freqüentemente (Lc. 2.37).

Preparar-se para o ministério – Jesus só começou seu ministério depois de ter enfrentado o tentador e se preparado em jejum (prolongado) no deserto (Lc. 4.1,2).

Em Atos dos Apóstolos vemos a Igreja praticando o jejum em diversas situações, tais como:

·                     Ministrar ao Senhor – Os líderes da igreja em Antioquia jejuando apenas para adorar ao Senhor (At.13:2).

·                     Enviar ministérios – Na hora de impor as mãos e enviar ministérios comissionados (At. 13.3).

·                     Estabelecer presbíteros – Além de impor as mãos com jejum sobre os enviados, o faziam também sobre os que recebiam autoridade de governo na igreja local, o que revela que o jejum era um princípio praticado nas ordenações de ministros (At. 14.23).

Nas Epístolas só encontramos menções de Paulo ter jejuado (2Co. 6.3-5; 11.23-27) e não há orientações ou exortações acerca dessa prática.

Observação Importante:
Os discípulos de Jesus, enquanto na companhia Dele aqui na terra, não jejuavam. Veja: Mt 9.14-15; Mc 2.18-20; Lc 5.33-35

A Duração:

Quanto tempo deve durar um jejum? A Bíblia não determina regras deste gênero, portanto cada um é livre para escolher quando, como e quanto jejua. Vemos vários exemplos de jejuns de duração diferente nas Escrituras:

        1 dia – O jejum do Dia da Expiação.
3 dias – O jejum de Ester (Et. 4.16) e o de Paulo (At. 9.9).
7 dias – Jejum por luto pela morte de Saul (1Sm. 31.13).
14 dias – Jejum involuntário de Paulo e os que com ele estavam no navio (At 27.33).
21 dias – O jejum de Daniel em favor de Jerusalém (Dn. 10.3).
40 dias – O jejum do Senhor Jesus no deserto (Lc. 4.1,2).

Conclusões:

Ø    Não deve ser usado como sinal “visível” de piedade
Ø    Não deve ser usado como demonstração de experiência com o sofrimento (tristeza)
Ø    Indica a busca de uma recompensa que não pode vir dos homens
Ø    Não deve se tornar uma prática corriqueira na vida do crente, mas algo especial e sacrificial para algumas ocasiões
Ø    Em suma, o valor do Jejum está na sua intençãoMt 6.16-18

Um comentário:

  1. muito ótimo este estudo, com certeza enriquece a nossa alma...

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